24.03.23 | Texto

DOR

Além da sensação física, a dor afeta a emoção, o pensamento e o comportamento.
(Raphael Mello Block)

Definição de Dor


A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), define dor como uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial (IASP, 2020).

IASP

Fonte: site IASP

As três principais categorias de dor são: neuropática, nociceptiva e nociplástica.

Dor neuropática:
É a dor que resulta de danos ou lesões no sistema nervoso, incluindo nervos periféricos, medula espinhal e cérebro. É muitas vezes descrita como uma dor em queimação, formigamento, choque elétrico ou agulhadas.

Dor nociceptiva:
É a dor que resulta da ativação de receptores de dor chamados nociceptores, que detectam lesões ou danos nos tecidos do corpo, como ossos, músculos ou órgãos internos. Essa dor é geralmente descrita como latejante, cortante ou ardente, e pode ser aguda ou crônica.

Dor nociplástica:
É a dor que resulta de uma alteração no sistema nervoso que causa uma amplificação da dor sem uma causa clara ou identificável. É muitas vezes descrita como uma dor difusa, crônica e não relacionada a uma lesão específica. Pode ser desencadeada por um trauma emocional ou físico e pode estar associada a condições médicas como fibromialgia e síndrome de dor regional complexa (SDRC).

Dor

Fonte: imagem criada no canva.

Grande desconforto

 

A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a danos teciduais reais ou potenciais, que tem como objetivo alertar o organismo para uma ameaça ou lesão e incentivar a adoção de medidas para sua eliminação. Embora seja uma resposta natural do corpo a diferentes estímulos, a dor crônica, ou seja, aquela que persiste por mais de três meses, pode ter consequências negativas significativas na saúde física e emocional das pessoas.

A dor crônica pode afetar diversas áreas do corpo, como cabeça, pescoço, costas, articulações, músculos e órgãos internos, e pode ter diferentes causas, como lesões traumáticas, doenças crônicas, como artrite e fibromialgia, ou distúrbios neurológicos. Entre as consequências mais comuns da dor crônica estão a fadiga, ansiedade, depressão, distúrbios do sono, diminuição da qualidade de vida, incapacidade de realizar atividades cotidianas e aumento da incidência de outras doenças.

Um dos principais problemas relacionados à dor crônica é a sua associação com a depressão e ansiedade. Estudos mostram que a dor crônica pode aumentar o risco de desenvolvimento desses transtornos emocionais, e que a presença desses problemas pode, por sua vez, agravar a percepção da dor, criando um ciclo vicioso. A dor crônica também pode levar a distúrbios do sono, que por sua vez, afetam a capacidade de lidar com a dor, agravando ainda mais o quadro.

Além disso, a dor crônica pode interferir na capacidade de trabalhar e realizar atividades cotidianas, diminuindo a qualidade de vida das pessoas afetadas. Muitos pacientes com dor crônica relatam dificuldades em realizar tarefas simples, como andar, subir escadas, levantar objetos pesados ou trabalhar sentado por longos períodos. Isso pode levar a um isolamento social, redução da autoestima e sentimentos de desesperança.

Outra consequência comum da dor crônica é o uso de medicamentos analgésicos, que podem apresentar efeitos colaterais e riscos associados ao seu uso prolongado. Dentre os efeitos colaterais mais comuns estão a sonolência, náuseas, constipação e dificuldades cognitivas. O uso prolongado de medicamentos analgésicos também pode levar a dependência física e psicológica, aumentando o risco de abuso e overdose.

Além disso, a dor crônica também pode aumentar a incidência de outras doenças e problemas de saúde, como hipertensão arterial, doenças cardíacas, diabetes e obesidade. Isso ocorre porque a dor crônica pode interferir na capacidade de realizar atividades físicas regulares, levar a hábitos alimentares pouco saudáveis e aumentar o estresse, que por sua vez pode afetar a saúde cardiovascular.

Diante dessas consequências, é fundamental que a dor crônica seja tratada de forma adequada e multidisciplinar, considerando não apenas o controle da dor em si, mas também os aspectos emocionais, sociais e comportamentais associados.

Dor

Fonte: imagem criada no canva.

PREVENÇÃO OU TRATAMENTO.

O exercício físico é um importante aliado na prevenção e reabilitação de dores crônicas e agudas. Quando praticado de forma regular e adequada, pode ajudar a fortalecer os músculos e articulações, melhorar a postura, reduzir o estresse e a ansiedade, além de contribuir para a liberação de endorfinas, substâncias que atuam como analgésicos naturais.

Na prevenção de dores, o exercício físico pode ser uma estratégia eficaz para manter o corpo saudável e evitar lesões. O fortalecimento muscular, por exemplo, pode ajudar a proteger as articulações e prevenir lesões, especialmente em áreas como joelhos, ombros e coluna vertebral. Além disso, a prática de exercícios regulares pode melhorar a postura, reduzindo a sobrecarga em determinadas áreas do corpo e prevenindo dores nas costas e pescoço.

Na reabilitação de dores, o exercício físico pode ser um complemento importante ao tratamento convencional. O exercício pode ajudar a recuperar a força e a flexibilidade muscular, reduzir a rigidez articular, além de contribuir para a redução da dor e da inflamação. Em muitos casos, o exercício pode ser utilizado como uma alternativa aos medicamentos analgésicos, reduzindo a dependência dessas substâncias e seus efeitos colaterais.

É importante ressaltar que o exercício físico deve ser realizado de forma adequada e individualizada, levando em consideração a condição física, as necessidades e limitações de cada indivíduo. A orientação de um profissional de educação física é fundamental para a elaboração de um programa de exercícios seguro e eficaz, que leve em conta as características e objetivos de cada pessoa.

Além disso, é importante ressaltar que o exercício físico não deve ser visto como uma solução única e exclusiva para todas as dores. Em alguns casos, a dor pode ser sintoma de uma doença ou lesão mais grave, que requer tratamento médico específico. Nesses casos, o exercício físico pode ser utilizado como uma forma complementar de tratamento, mas nunca como substituto do tratamento convencional.

Dor

Fonte: imagem criada no canva.

Resumo

Em resumo, o exercício físico é uma importante estratégia para prevenção e reabilitação de dores crônicas e agudas. Quando realizado de forma adequada e individualizada, pode ajudar a fortalecer o corpo, reduzir a dor e a inflamação, além de contribuir para o bem-estar emocional e físico das pessoas. No entanto, é importante lembrar que o exercício deve ser utilizado como uma parte integrante de um tratamento multidisciplinar, que leve em conta as necessidades e limitações de cada indivíduo.

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O caminho mais indicado para a saúde é a prevenção, mas não é o único, o tratamento e a reabilitação são caminhos especiais e indispensáveis para a restauração da saúde; parcial ou plena.